ADAPTANDO
A TEORIA COGNITIVA DE
APRENDIZAGEM MULTIMÍDIA (TCAM) DE MAYER
NA UTILIZAÇÃO DE QUADRINHOS PARA O ENSINO
DAS CIÊNCIAS DA NATUREZA
Um
contraponto à leitura de textos
Referência:
SANTOS, Victor João da Rocha Maia; GARCIA, Rosane Nunes. Adaptando a teoria cognitiva de aprendizagem multimídia (TCAM) de Mayer na utilização de quadrinhos para o ensino das ciências da natureza - Um contraponto à leitura de textos. Rio Grande do Sul, Revista Ciência e Ensino, Vol. 7, Nº. 1, Ano 2018.
Essa resenha crítica foi orientada pela Preceptora
Elcielle Bonomo, como atividade do segundo módulo da RP. O texto é baseado no
artigo “Adaptando
a teoria cognitiva de aprendizagem multimídia (TCAM) de Mayer na utilização de
quadrinhos para o ensino das ciências da natureza - Um contraponto à
leitura de textos” que utiliza quadrinhos como recurso didático para aulas do
ensino da natureza, visando uma melhor aprendizagem dos alunos.
Para Santos e Garcia (2018) “A
leitura de textos em sala de aula ou até mesmo fora dela, por parte da maioria
dos estudantes brasileiros, nem sempre foi uma forma agradável de aprendizado,
muito devido à falta de hábito da cultura brasileira em relação à leitura.”
Segundo Santos e
Garcia (2018) “A falta de incentivo é um dos motivos
principais para não haver o hábito de leitura, pois esse deve iniciar no meio
familiar. Se este falhou, o outro meio possível é a escola.”
Santos e Garcia (2018)
apontam ainda que “Se as prioridades dos gastos de uma determinada família não
incluem a literatura, possivelmente, teremos uma estatística de futuros não
leitores.”
No artigo os
autores relatam
pesquisas que mostram que os brasileiros não tem o bom hábito da leitura e
apontam os principais motivos desse desinteresse, mas o que fazer para que haja
mudança favoráveis? “Com
base nesse contexto, é necessário rever as metodologias adotadas para a leitura
de textos na sala de aula.” (Santos e
Garcia, 2018, p. 144)
Apesar da existência de um currículo na escola estruturado
pelos diversos componentes curriculares
presentes, existe um movimento em nível mundial para que esse conhecimento
disciplinar
seja canalizado por suas áreas do conhecimento e, depois, orientados a se entrelaçarem,
de forma a
criar um ensino que seja interdisciplinar em sua essência. Mesmo que isto ainda
esteja
muito
distante, a tendência existente é objetivar um aprendizado que seja útil e
contextualizado. (Santos e Garcia, 2018, p. 145)
Para Santos e
Garcia (2018) “Não se pode ter um ensino
interdisciplinar sem apoiá-lo no saber disciplinar. Entretanto, o que
não é mais aconselhado existir é a forma curricular arcaica de conteúdos
isolados em componentes
curriculares.”
No ensino de ciências da natureza (biologia, física e
química), a leitura é feita predominantemente
por textos, com uma quantidade significativa de termos científicos que podem dificultar
o entendimento, por parte do leitor, e também aumentar o estado de desinteresse,
tornando, assim, a leitura no ensino de ciências, no ensino básico, mais uma
carga de tarefas a ser
evitada
pelo(a)s estudantes. (Santos e Garcia, 2018, p.
146)
Não existe uma teoria de aprendizagem que envolva
diretamente os quadrinhos, entretanto, a
Teoria Cognitiva da Aprendizagem Multimídia (TCAM) idealizada por Richard
Mayer, em
2001, propõe, de forma geral, que um indivíduo aprende melhor ao se utilizar
conjuntamente, de palavras e de imagens. (Santos
e Garcia, 2018, p. 147)
Apesar da TCAM ser direcionada para trabalhos multimídia
dinâmicos, como animações, com utilização
do computador, ela parece ser bem eficaz quando se deseja trabalhar com
quadrinhos
(multimídia estática), visto que qualquer animação ou filme é, na verdade, uma
junção de
vários quadros para dar a sensação de movimento. Por isso, os pressupostos da
teoria de Mayer
podem ser
adaptados para a produção de quadrinhos que sejam adequados para aulas de
ciências da
natureza. (Santos e Garcia, 2018, p. 148)
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