NOME: Juliana Mucury
Andrelino Amorim
Data: 03/03/2021
Referência: Artigo
- Mudando a educação com metodologias ativas – José Morán [Coleção Mídias
Contemporâneas. Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações
jovens. Vol. II] Carlos Alberto de Souza e Ofelia Elisa Torres Morales
(orgs.). PG: Foca Foto-PROEX/UEPG, 2015. |
Mudando
a Educação com Metodologias Ativas
“As instituições educacionais
atentas às mudanças escolhem fundamentalmente dois caminhos, um mais suave -
mudanças progressivas - e outro mais amplo, com mudanças profundas. No caminho
mais suave, elas mantêm o modelo curricular predominante – disciplinar – mas
priorizam o envolvimento maior do aluno, com metodologias ativas como o ensino
por projetos de forma mais interdisciplinar, o ensino híbrido ou blended e
a sala de aula invertida. Outras instituições propõem modelos mais inovadores,
disruptivos, sem disciplinas, que redesenham o projeto, os espaços físicos, as
metodologias, baseadas em atividades, desafios, problemas, jogos e onde cada
aluno aprende no seu próprio ritmo e necessidade e também aprende com os outros
em grupos e projetos, com supervisão de professores orientadores.” (MORÁN, p. 15)
Mudanças
Profundas na Educação
“A
educação formal está num impasse diante de tantas mudanças na sociedade: como
evoluir para tornar-se relevante e conseguir que todos aprendam de forma
competente a conhecer, a construir seus projetos de vida e a conviver com os
demais. Os processos de organizar o currículo, as metodologias, os tempos e os
espaços precisam ser revistos.” (MORÁN, p. 15)
“O que a tecnologia traz hoje
é integração de todos os espaços e tempos. O ensinar e aprender acontece numa
interligação simbiótica, profunda, constante entre o que chamamos mundo físico
e mundo digital. Não são dois mundos ou espaços, mas um espaço estendido, uma
sala de aula ampliada, que se mescla, hibridiza constantemente.” (MORÁN, p. 16)
“As instituições educacionais
atentas às mudanças escolhem fundamentalmente dois caminhos, um mais suave -
mudanças progressivas - e outro mais amplo, com mudanças profundas. No caminho
mais suave, elas mantêm o modelo curricular predominante – disciplinar – mas
priorizam o envolvimento maior do aluno, com metodologias ativas como o ensino
por projetos de forma mais interdisciplinar, o ensino híbrido ou blended e a
sala de aula invertida.” (MORÁN, p. 17)
“Outras instituições propõem
modelos mais inovadores, disruptivos, sem disciplinas, que redesenham o projeto,
os espaços físicos, as metodologias, baseadas em atividades, desafios,
problemas, jogos e onde cada aluno aprende no seu próprio ritmo e necessidade e
também aprende com os outros em grupos e projetos, com supervisão de
professores orientadores.” (MORÁN, p. 17)
Metodologias
Ativas na Educação
“As metodologias precisam
acompanhar os objetivos pretendidos. Se queremos que os alunos sejam proativos,
precisamos adotar metodologias em que os alunos se envolvam em atividades cada
vez mais complexas, em que tenham que tomar decisões e avaliar os resultados,
com apoio de materiais relevantes. Se queremos que sejam criativos, eles
precisam experimentar inúmeras novas possibilidades de mostrar sua iniciativa.”
(MORÁN, p. 17)
“Quanto mais aprendamos
próximos da vida, melhor. As metodologias ativas são pontos de partida para
avançar para processos mais avançados de reflexão, de integração cognitiva, de
generalização, de reelaboração de novas práticas.” (MORÁN, p. 18)
“Alguns componentes são fundamentais
para o sucesso da aprendizagem: a criação de desafios, atividades, jogos que
realmente trazem as competências necessárias para cada etapa, que solicitam
informações pertinentes, que oferecem recompensas estimulantes, que combinam
percursos pessoais com participação significativa em grupos, que se inserem em
plataformas adaptativas, que reconhecem cada aluno e ao mesmo tempo aprendem
com a interação, tudo isso utilizando as tecnologias adequadas.” (MORÁN, p. 18)
Modelos Educacionais Mais Inovadores
“O ambiente físico das salas
de aula e da escola como um todo também precisa ser redesenhado dentro dessa
nova concepção mais ativa, mais centrada no aluno. As salas de aula podem ser
mais multifuncionais, que combinem facilmente atividades de grupo, de plenário
e individuais. Os ambientes precisam estar conectados em redes sem fio, para
uso de tecnologias móveis, o que implica ter uma banda larga que suporte
conexões simultâneas necessárias.” (MORÁN, p. 19)
As escolas como um todo
precisam repensar esses espaços tão quadrados para espaços mais abertos, onde
lazer e estudo estejam mais integrados.” (MORÁN, p. 19)
“(...) Agora começam a ser
introduzidas as tecnologias móveis para flexibilizar os encontros presenciais.
O modelo híbrido é muito importante para os que trabalham com problemas e com
projetos” (MORÁN, p. 20)
“Outra proposta interessante é
a da Uniamérica, de Foz de Iguaçu, que aboliu em cursos como o de Biomedicina e
Farmácia a divisão por séries e o currículo não é organizado por disciplinas,
mas por projetos e aula invertida. “Ao tirar a divisão por disciplinas,
orientamos todas as competências necessárias através de projetos semestrais
temáticos. O aluno escolhe um problema real de sua comunidade ou região para
trabalhar os temas daquele período.”8 As aulas expositivas também foram
abolidas. Agora, os alunos estudam os conteúdos em casa, ou onde preferirem.
São disponibilizados em uma plataforma on-line vídeos, textos e um conjunto de
atividades às quais os estudantes devem se dedicar antes de ir para a aula.
Essas atividades são de dois tipos: um primeiro de fixação e garantia de
compreensão do conteúdo, e outro de problematização, que estimula a pesquisa e
a transposição do conhecimento para problemas reais. Com isso, o tempo em sala
de aula é usado para que os temas sejam debatidos mais profundamente e também
para a realização dos projetos do semestre.” (MORÁN, p. 21)
Modelos
Inovadores Disciplinares
“Podemos fazer mudanças
progressivas na direção da personalização, colaboração e autonomia ou mais
intensas ou disruptivas. Só não podemos manter o modelo tradicional e achar que
com poucos ajustes dará certo. Os ajustes necessários – mesmo progressivos -
são profundos, porque são do foco: aluno ativo e não passivo, envolvimento
profundo e não burocrático, professor orientador e não transmissor.” (MORÁN, p.
22)
“Professores na sua disciplina
podem organizar com os alunos no mínimo um projeto importante na sua
disciplina, que integre os principais assuntos da matéria e que utilize
pesquisa, entrevistas, narrativas, jogos como parte importante do processo.” (MORÁN,
p. 22)
“Um dos modelos mais
interessantes de ensinar hoje é o de concentrar no ambiente virtual o que é
informação básica e deixar para a sala de aula as atividades mais criativas e
supervisionadas. É o que se chama de aula invertida.” (MORÁN, p. 22)
“Em escolas com menos
recursos, podemos desenvolver projetos significativos e relevantes para os
alunos, ligados à comunidade, utilizando tecnologias simples como o celular,
por exemplo, e buscando o apoio de espaços mais conectados na cidade. Embora
ter boa infraestrutura e recursos traga muitas possibilidades de integrar
presencial e online, conheço muitos professores que conseguem realizar
atividades estimulantes, em ambientes tecnológicos mínimos.” (MORÁN, p. 23)
“O papel do professor é mais o
de curador e de orientador. Curador, que escolhe o que é relevante entre tanta
informação disponível e ajuda a que os alunos encontrem sentido no mosaico de
materiais e atividades disponíveis. Curador, no sentido também de cuidador: ele
cuida de cada um, dá apoio, acolhe, estimula, valoriza, orienta e inspira.
Orienta a classe, os grupos e a cada aluno. Ele tem que ser competente
intelectualmente, afetivamente e gerencialmente (gestor de aprendizagens
múltiplas e complexas). Isso exige profissionais melhor preparados,
remunerados, valorizados. Infelizmente não é o que acontece na maioria das
instituições educacionais.” (MORÁN, p. 24)
“As tecnologias permitem o registro,
a visibilização do processo de aprendizagem de cada um e de todos os
envolvidos. Mapeiam os progressos, apontam as dificuldades, podem prever alguns
caminhos para os que têm dificuldades específicas (plataformas adaptativas).” (MORÁN,
p. 24)
Ensino
Híbrido: Equilíbrio entre a Aprendizagem Individual e a Grupal
“Na
educação acontecem vários tipos de blended: de saberes e valores, quando
integramos várias áreas de conhecimento (no modelo disciplinar ou não); blended
de metodologias, com desafios, atividades, projetos, games, grupais e
individuais, colaborativos e personalizados. Também falamos de tecnologias blended,
que integram as atividades da sala de aula com as digitais, as presenciais com
as virtuais. Blended também pode ser um currículo mais flexível, que
planeje o que é básico e fundamental para todos e que permita, ao mesmo tempo,
caminhos personalizados para atender às necessidades de cada aluno. Blended também
é a articulação de processos mais formais de ensino e aprendizagem com os informais,
de educação aberta e em rede.” (MORÁN, p. 24)
“Destacamos neste texto como
implementar o ensino híbrido ou blended para integrar os espaços físicos da
escola com os ambientes virtuais; a sala de aula com as tecnologias digitais.” (MORÁN,
p. 25)
“Em educação – em um período
de tantas mudanças e incertezas - não devemos ser xiitas e defender um único
modelo, proposta, caminho. Trabalhar com modelos flexíveis com desafios, com
projetos reais, com jogos e com informação contextualizada, equilibrando
colaboração com a personalização é o caminho mais significativo hoje, mas pode
ser planejado e desenvolvido de várias formas e em contextos diferentes.” (MORÁN,
p. 25)
“O
papel ativo do professor como design de caminhos, de atividades
individuais e de grupo é decisivo e o faz de forma diferente. O professor se
torna cada vez mais um gestor e orientador de caminhos coletivos e individuais,
previsíveis e imprevisíveis, em uma construção mais aberta, criativa e
empreendedora.” (MORÁN, p. 26)
“Algumas dimensões estão
ficando claras na educação formal: 1) o modelo blended, semipresencial,
misturado, em que nos reunimos de várias formas – física e virtual – em grupos
e momentos diferentes, de acordo com a necessidade, com muita flexibilidade,
sem os horários rígidos e planejamento engessado; 2) Metodologias ativas:
aprendemos melhor através de práticas, atividades, jogos, projetos relevantes
do que da forma convencional, combinando colaboração (aprender juntos) e
personalização (incentivar e gerenciar os percursos individuais) e 3) O modelo online
com uma mistura de colaboração e personalização. Cada aluno desenvolve um
percurso mais individual e participa em determinados momentos de atividades de
grupo. Uma parte da orientação será via sistema (plataformas adaptativas com
roteiros semiestruturados, que respondem as questões mais previsíveis) e a
principal será feita por professores e tutores especialistas, que orientarão os
alunos nas questões mais difíceis e profundas.” (MORÁN, p. 27)
A Maioria
das Instituições Educacionais ainda está no Século Passado
“Muitas instituições mantêm
modelos básicos, no presencial e na educação a distância, com uma visão
tradicional de ensino e aprendizagem. Muitos cursos são previsíveis, com
informação simplificada, conteúdo raso e poucas atividades estimulantes e em
ambientes virtuais pobres, banais. Focam mais conteúdos mínimos do que
metodologias ativas como desafios, jogos, projetos.” (MORÁN, p. 28)
“Há uma separação legal (dos
órgãos reguladores) e real (das instituições, sociedade) entre o ensino
presencial a distância, que dificulta que tenhamos avanços acadêmicos e de
gestão relevantes.” (MORÁN, p. 28)
“Prevalecerão, no médio prazo,
as instituições que realmente apostem na educação com projetos pedagógicos
atualizados, com metodologias atraentes, com professores e tutores
inspiradores, com materiais muito interessantes e com inteligência nos sistemas
(plataformas adaptativas) para ajudar os alunos na maior parte de suas
necessidades, reduzindo o número de horas de tutoria, mas com profissionais
capacitados para gerenciar atividades de aprendizagem mais complexas e
desafiadoras. É possível hoje oferecer propostas mais personalizadas,
monitorando-as, avaliando-as em tempo real, o que não era viável na educação a
distância mais massiva ou convencional.” (MORÁN, p. 29)
“A qualidade não pode ser só
um discurso, mas um compromisso efetivo de todos os setores das instituições.” (MORÁN,
p. 29)
“As instituições que implantem
modelos, que equilibrem economia e inovação, melhorando os processos gerenciais
e acadêmicos, serão vencedoras. Há muitas possibilidades de sinergia entre o
presencial blended, o semipresencial e o online. O currículo pode
estar plenamente integrado, com disciplinas online no presencial e no
EAD, com materiais interessantes e comuns para ambos. Em todas as disciplinas
ou módulos os professores podem ser mais orientadores, utilizando formas
criativas da sala de aula invertida. Mas não se preparam bons alunos com
profissionais desmotivados e mal remunerados.” (MORÁN, p. 30)
Considerações
Finais
“Todos os processos de
organizar o currículo, as metodologias, os tempos, os espaços precisam ser
revistos e isso é complexo, necessário e um pouco assustador, porque não temos
modelos prévios bem sucedidos para aprender. Estamos sendo pressionados para
mudar sem muito tempo para testar. Por isso, é importante que cada escola
defina um plano estratégico de como fará estas mudanças. Pode ser de forma mais
pontual inicialmente, apoiando professores, gestores e alunos – alunos também e
alguns pais – que estão mais motivados e tem experiências em integrar o
presencial e o virtual. Podemos aprender com os que estão mais avançados e
compartilhar esses projetos, atividades, soluções. Depois precisamos pensar
mais estruturalmente para mudanças em um ano ou dois.” (MORÁN, p. 31)
Parabéns! Seu fichamento está excelente!!!!🧡🧡🧡🧡
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