quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Resenha Crítica do Texto – Desafios da Televisão e do Vídeo à Escola


Texto – Desafios da Televisão e do Vídeo à Escola


Segundo José Manuel Moran (2002), os tempos mudaram e novas tecnologias, como o computador e a internet, substituíram a televisão e o vídeo. Para ele os meios de comunicação audiovisuais têm grande importância no papel educacional, por nos passar de maneira continua informações interpretadas, que ditam comportamentos, linguagens e até valores.

No Brasil a televisão é a principal fonte de informação e a responsável pela forma em que o brasileiro vê o mundo predominante. Segundo o texto, a TV alimenta e atualiza o universo sensorial, afetivo e ético que levamos para a sala de aula, por conta da sedução da mídia é muito difícil para o educador competir com ela.

Ao comparar a TV com a escola, o autor faz a seguinte afirmação: “A TV fala de forma impactante e sedutora, a escola, em geral é mais cansativa.” Sua fala mostra que a escola não busca atualizar-se, contrariando a necessidade de inovar para atrair, assim como a televisão a atenção dos alunos.

Os meios de comunicação não poupam esforços, eles usam de tudo para explorar ao extremo nossas emoções, fantasias, desejos, medos e estão constantemente aperfeiçoando suas ferramentas, afim, de provocar uma dependência, as novelas e reality shows são alguns dos meios utilizados pelos programadores de TV para atrair a atenção de todos.

Os educadores não têm como concorrer com toda essa diversidade utilizada pela mídia, para o autor o que se vê diante desse panorama, é uma frequente afirmação de contrariedade que só ressalta a diferença entre as funções e missão da TV e da escola, a TV é um objeto de entretenimento, enquanto a escola educa. Porém a televisão vem desempenhando de forma subliminar o papel de educar, pois domina os códigos de comunicação e os conteúdos significativos para cada grupo. Enquanto os educadores fazem pequenas adaptações incapazes de competir com a mídia sofisticada da TV, o que a longo prazo definem quem realmente educa. O que é preciso entender, é que os recursos tecnológicos ajudam a alcançar as mudanças almejadas de forma confiante.

As novas tecnologias ainda são um desafio para a educação e um obstáculo a ser vencido tanto na escola, quanto no trabalho e em casa. Não devemos aceitar apenas adaptações ou pequenas mudanças, é preciso romper as barreiras geográficas de uma maneira flexível, reunidos de maneira presencial ou a distância, onde o virtual se funde ao presencial e vice versa.

Segundo o texto, estamos aprendendo fazendo e o modelo de educação tradicional não nos serve mais. Isso nos leva a refletir em nosso papel de educador e para isso o autor sugere que a cada semestre venhamos nos questionar o que queremos transmitir, o que de inovador posso propor? Dessa forma, segundo ele, pouco a pouco avançamos e mudamos. Os desafios do início são os mais difíceis de se superar, mas ao passo em que começamos com atividades mais simples, aos poucos poderemos avançar, a experimentar é a chave para a inovação. 

As novas tecnologias audiovisuais, telemáticas (internet) e impressas precisam ser experimentadas de forma individual ou coletiva, visto que as mudanças ao nosso redor estão ocorrendo.

Ao meu ver, em 2002, quando Moran escreveu o texto, ele parecia prever o senário atual, onde as tecnologias e as mídias se tornariam ferramentas de extrema necessidade, inseparáveis da educação, o autor quis também despertar a atenção dos interessados pelo assunto, para as possibilidades que as tecnologias podiam trazer de melhorias para a educação, além disso, percebo nele um esforço em mudar a concepção dos educadores sobre a aceitação das tecnologias como recurso para aulas mais atraentes, que despertem o interesse de cada aluno e contribuam para a assimilação dos conteúdos. 

Juliana Mucury Andrelino Amorim


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