Texto – Desafios da Televisão e do Vídeo à Escola
Segundo José Manuel Moran (2002), os
tempos mudaram e novas tecnologias, como o computador e a internet, substituíram
a televisão e o vídeo. Para ele os meios de comunicação audiovisuais têm grande
importância no papel educacional, por nos passar de maneira continua
informações interpretadas, que ditam comportamentos, linguagens e até valores.
No Brasil a televisão é a principal
fonte de informação e a responsável pela forma em que o brasileiro vê o mundo
predominante. Segundo o texto, a TV alimenta e atualiza o universo sensorial,
afetivo e ético que levamos para a sala de aula, por conta da sedução da mídia
é muito difícil para o educador competir com ela.
Ao comparar a TV com a escola, o autor
faz a seguinte afirmação: “A TV fala de forma impactante e sedutora, a escola,
em geral é mais cansativa.” Sua fala mostra que a escola não busca atualizar-se,
contrariando a necessidade de inovar para atrair, assim como a televisão a atenção
dos alunos.
Os meios de comunicação não poupam esforços,
eles usam de tudo para explorar ao extremo nossas emoções, fantasias, desejos,
medos e estão constantemente aperfeiçoando suas ferramentas, afim, de provocar
uma dependência, as novelas e reality shows são alguns dos meios utilizados pelos
programadores de TV para atrair a atenção de todos.
Os educadores não têm como concorrer com
toda essa diversidade utilizada pela mídia, para o autor o que se vê diante
desse panorama, é uma frequente afirmação de contrariedade que só ressalta a
diferença entre as funções e missão da TV e da escola, a TV é um objeto de entretenimento,
enquanto a escola educa. Porém a televisão vem desempenhando de forma
subliminar o papel de educar, pois domina os códigos de comunicação e os
conteúdos significativos para cada grupo. Enquanto os educadores fazem pequenas
adaptações incapazes de competir com a mídia sofisticada da TV, o que a longo
prazo definem quem realmente educa. O que é preciso entender, é que os recursos
tecnológicos ajudam a alcançar as mudanças almejadas de forma confiante.
As novas tecnologias ainda são um
desafio para a educação e um obstáculo a ser vencido tanto na escola, quanto
no trabalho e em casa. Não devemos aceitar apenas adaptações ou pequenas
mudanças, é preciso romper as barreiras geográficas de uma maneira flexível,
reunidos de maneira presencial ou a distância, onde o virtual se funde ao presencial
e vice versa.
Segundo o texto, estamos aprendendo
fazendo e o modelo de educação tradicional não nos serve mais. Isso nos leva a
refletir em nosso papel de educador e para isso o autor sugere que a cada
semestre venhamos nos questionar o que queremos transmitir, o que de inovador posso
propor? Dessa forma, segundo ele, pouco a pouco avançamos e mudamos. Os
desafios do início são os mais difíceis de se superar, mas ao passo em que
começamos com atividades mais simples, aos poucos poderemos avançar, a experimentar
é a chave para a inovação.
As novas tecnologias audiovisuais, telemáticas
(internet) e impressas precisam ser experimentadas de forma individual ou
coletiva, visto que as mudanças ao nosso redor estão ocorrendo.
Ao meu ver, em 2002, quando Moran escreveu o texto, ele parecia prever o senário atual, onde as tecnologias e as mídias se tornariam ferramentas de extrema necessidade, inseparáveis da educação, o autor quis também despertar a atenção dos interessados pelo assunto, para as possibilidades que as tecnologias podiam trazer de melhorias para a educação, além disso, percebo nele um esforço em mudar a concepção dos educadores sobre a aceitação das tecnologias como recurso para aulas mais atraentes, que despertem o interesse de cada aluno e contribuam para a assimilação dos conteúdos.
Juliana Mucury Andrelino Amorim